sexta-feira, 6 de junho de 2008

Essa ninguem esperava.

Segunda 23 de abril de 2003.
Recebo a visita de um cliente de nome Glauber (fictício).
Glauber tinha o objetivo de investigar sua ex-esposa, de nome Karina (fictício).
Glauber era piloto comercial de vôo internacional, Karina comissária de bordo líder da tripulação.
Glauber dizia estar muito preocupado, pois seu filho de cinco anos, Thiago(fictício) andava muito triste, quando ficava com ele nas visitas quinzenais o garotinho chorava muito na hora de ir embora para casa da mãe, dizia também não querer ficar sem o pai e a vó.
Glauber começou a pensar que Karina estava muito ausente, largando Thiago na mão de estranhos, por isso resolveu investigar a rotina de Karina.
Após uma semana e meia de investigação, período em que Karina deveria estar de folga, apuramos que a rotina de Karina era complicadíssima e que a suspeita de Glauber era verdadeira, mesmo no período que Karina deviria gozar sua folga ela acumulava muitos vôos, e quase nunca voltava para casa, ficava praticamente a semana toda em um hotel Ibis em São Paulo.
Somente na quarta semana de investigação é que foi possível apurar algo estranho contra Karina.
Karina foi de taxi ate um local de nome W Club.
Desconfiei que local fosse um Night Clube freqüentado por garotas de programa, porem não podia acreditar no que via pois aquela mulher tinha um excelente nível social para ter que se prostituir.
Liguei para Glauber e disse que Karina teria entrado em um local que parecia ser um prostíbulo de altíssimo padrão, e disse também que para acessar o Night Clube teríamos que pagar uma consumação de seiscentos reais.
Depois de cinco minutos Glauber autorizou nossa entrada.
O local era realmente de altíssimo padrão extremamente luxuoso, freqüentado por muitos estrangeiros.
Rapidamente foi possível vê-la rodeada por vários homens engravatados que pareciam ser Coreanos, Karina conversa em inglês e bebia whisky como se bebe água, fiquei abismado.
Registramos as imagens com o auxilio de micro câmeras e assim demos por encerrada a nossa investigação.
Depois de duas semanas desse flagrante Glauber fez contato com Karina para agendar uma reunião entre seu advogado e o advogado de Karina.
Karina achou estranho, tanta formalidade mais mesmo assim aceito a tal reunião.
Assim que entrou ao escritório Karina deu de cara com a nossa equipe, a moça ficou catatônica sem saber o que estava acontecendo.
Glauber e Karina e seus respectivos advogados entraram na sala de reunião e a nossa equipe ficou de fora, o objetivo do advogado de Glauber com a nossa permanência no escritório era somente provocar um choque em Karina, pois sabia que a mesma iria nos reconhecer.
No inicio da reunião o advogado de Karina indagou a todos:
” Eu to boiando aqui, todos estão nervosos até você Karina?
Alguém pode me explicar o que esta acontecendo?”
O advogado de Glauber explicou para seu colega, que sua cliente era garota de programa, que Glauber teria contratado uma equipe de detetives para investigar Karina que seriam aquelas pessoas que estavam lá fora e explicou também que teria outras provas da má conduta da de Karina e ofereceu a proposta de alterar o regime de guarda comum para compartilhada e que tudo poderia ser feito sem necessidade de guerra nos tribunais, para não ter que expor a imagem de Karina.
O advogado de Karina pediu para conversar a sós com a cliente, e após quinze minutos de conversa disse que aceitava o acordo e Glauber conseguiu alcançar seus objetivos sem necessidade de uma guerra na justiça.

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